MITO 2:
"Há uma associação direta entre mulheres negras
e religiões de matriz africana"
Em uma pesquisa conduzida pelo Instituto Marielle Franco em 2020, 46,4% das candidatas declararam ser de religiões cristãs, agnóstica ou apenas uma crença em Deus. Portanto essa associação imediata não é falsa. Certamente, com alguma frequência, candidatas e políticas negras colocaram-se em público contra intolerância ou racismo religioso, mas isto porque no Distrito Federal os praticantes de religiões de matriz africana representam 59% das vítimas e no Rio de Janeiro chegam a ser 91%, por exemplo.
Uma das motivações para perseguição de religiões afro-brasileiras é o racismo. O ato de demonizar estas religiões não tem base bíblica, assim como o próprio ato de conversão mediante violência e perseguição também não. Esse problema não é fruto da sociedade contemporânea e historicamente está associado às práticas da colonização. Viver em uma democracia pressupõe a convivência entre diferentes e o combate ao racismo é um fator inegociável para nós.